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Exercício físico x Envelhecimento saudável

O exercício físico pode retardar o processo de declínio das funções orgânicas com o envelhecimento.

 Por: SESI Jaú
06/03/201815:14- atualizado às 10:36 em 09/03/2018

A população mundial está envelhecendo. Nos EUA, por volta do ano de 2030, haverá cerca de 150 milhões de indivíduos com 65 anos ou mais, o Brasil atualmente possui 15 milhões de idosos, e a expectativa é que esse número aumente em três vezes no ano de 2025, tornando-o a sexta população em número de idosos.
 
O crescimento da população envelhecida e os avanços tecnológicos associados á medicina estão, ao longo do tempo, prolongando a expectativa de vida e têm chamado cada vez mais a atenção de estudiosos com o propósito de proporcionar, ao mesmo tempo, uma longevidade associada à melhor qualidade de vida, fazendo o idoso viver mais e melhor.
 
O envelhecimento é um processo dinâmico e  progressivo, no qual as alterações morfológicas, funcionais e bioquímicas alteram progressivamente o organismo, o qual se torna mais suscetível às agressões intrinsecas e extríncicas que terminam em levá-lo à morte.
 
É caracterizada por uma diminuição da capacidade de se adaptar a mudanças de sobrecargas funcionais, adaptações homeostáticas, causando uma redução das reservas funcionais.
 
Os idosos enfrentam problemas físicos causados pela perda da vitalidade, pelas alterações fisionômicas e embora muitos consigam fugir à regra, há deficiências específicas debilitadoras, por exemplo, da visão e da agilidade.
 
Muitos foram os fatores que impediram o progresso do conhecimento dos processos de envelhecimento, praticamente comuns a  todos os seres vivos, mas o mais importante, indiscutivelmente, foi a constância com que o envelhecimento natural foi erroneamente caracterizado como um estado patológico, o que estimulou muito mais a tentativa de combatê-lo do que entendê-lo.
 
É muito importante definir dois conceitos básicos de fundamental importância que distinguem o que é consequência do envelhecimento, do patológico, que são frequentes nesta fase da vida. São o conceito da senescência ou senectude e de senilidade. Por senescência entende-se as alterações orgânicas, morfológicas e funcionais que ocorrem em consequência do processo de envelhecimento, e por senilidade as modificações determinadas pelas afecções que frequentemente acometem os indivíduos idosos.
 
Às vezes, fica difícil fazer uma distinção entre as duas situações com relação a uma determinada alteração, mas a evolução dos conhecimentos tem feito com que condições, consideradas unicamente como manifestações de senescência, seja hoje definidas como doença e vice-versa.
 
Atualmente considera-se que o envelhecimento está relacionado fundamentalmente com alterações das proteínas que compõem o organismo, pois elas constituem cerca e 15% dos componentes orgânicos e são os elementos responsáveis pela formação de estruturas nobres como células, órgãos. 
 
O exercício físico pode ser usado no sentido de retardar e, até mesmo, atenuar o processo de declínio das funções orgânicas que são observadas com o envelhecimento, pois promove melhoras na capacidade respiratória, na reserva cardíaca, no tempo de reação, na força muscular, na memória recente, na cognição e nas habilidades sociais. Vale salientar que os exercícios físicos devem ser executados de forma preventiva, ou seja, antes das doenças apresentar suas manifestações clínicas. As intervenções reabilitadoras devem ser programadas de modo a atender as necessidades de cada indivíduo e, dessa forma, devem ser mantidas regularmente durante toda a vida para que o individuo possa usufruir de melhoras na qualidade de vida e aumento na logividade.
 
Com relação ao tipo de exercício a ser realizado para prevenção dos efeitos deletérios associados ao envelhecimento, o treinamento resistido leva vantagem por prevenir a sarcopenia, aumentar a aptidão aeróbia e  aprimorar com excelência as principais capacidades físicas necessárias à realização das tarefas do dia-a-dia.
 
A seguir, podemos observar o quadro demonstrando o aumento da expectativa de vida ao longo do tempo.
 
Em 1796, a expectativa de vida era de 25 anos.
Em 1896, era de 45 anos.
No início do século XXI é de 80 anos.
Os cientistas antienvelhecimento especulam que antes do ano de 2046 a expectativa pode chegar a 120 anos.
 

Fonte -  Musculação: A Revolução Antienvelecimento.